sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

E porque não ser dos romanos?!


Já aqui muito se falou da forma como os órgãos de Comunicação Social tratam o Benfica. Infelizmente, e bastará uma análise de conteúdo atenta, constatamos que o que acontece é que, como em tudo na vida há uma tendência para proteger os mais fracos ou para defender aqueles que nos poderão causar danos. Como só em ficção podemos encontrar paralelismos e como, por vezes, tudo isto mais parece uma Banda Desenhada… recorra-se à metáfora.

Já todos perceberam que a táctica que de tanto valeu aos irredutíveis gauleses foi adoptada por uma povoação semelhante no Norte. Todos contra o Mundo. E se for preciso corremos com todos à chapada. Mas se na ficção de Goscinny e Uderzo até gera simpatias, na realidade futebolística ficam mal vistos os recursos a “poções mágicas” do druida Póvoasmix ou outros truques igualmente semelhantes na desonestidade com que vencem os outros. Mas nada disto é relevante para os “bardos” desta aldeia portucalense.

Aliás, à semelhança de Assurancetourix também os “bardos” que acompanham esta andrupta Gália nortenha têm que optar entre o silêncio ou, no caso de não cantarem o que é suposto, acabarem amarrados e sofrerem na pele o desagrado dos aldeões a mando de Jorgenunix, chefe da tribo.

Podem agredir os “bardos” que não lhes fazem a vontade, publicar escutas que provam a existência de truques e poções mágicas ou até contratar os poderosos feiticeiros e druidas do apito que nada é “cantado” fora do tom indicado. A vitória da resistência gaulesa não pode ser colocada em causa.

O problema está na impunidade que grassa neste país onde os donos das poções mágicas têm o poder de, apesar da sua pequenez, se transformarem em vencedores de batalhas que, à partida, nunca poderiam vencer de forma justa, não fosse o recurso a tais truques. E o que mais admira é que as letras e músicas dos “bardos” continuam no mesmo tom proteccionista e tendencioso e com a superior habilidade de fazer silêncios convenientes para não prejudicar os andruptos nortenhos.

Eu até gosto de Astérix e companhia. Mas só de pensar que a nossa Comunicação Social está cheia de “bardos” cuja música continua a desafinar pelo mesmo tom e a calar quando é conveniente, até me dá vontade de ser romano! Não é Oliveirix, Brunopratix, Manelqueirosix e outros que tais?!

Aliás, a roupa de Obélix era duma cor suspeita e não era a Águia o símbolo do poderoso Império Romano? Coincidências!

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